Bonequinha de Luxo

Bonequinha de Luxo

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Madeleine Vionnet veste deusas

 

“É preciso vestir o corpo com tecido e não apenas construir um vestido”.

Madeleine Vionnet

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Moda Madeleine Vionnet

 

A estilista francesa Madeleine Vionnet (1876-1975) trabalhou com Jacques Doucet em 1907 e ficou nessa conceituada maison por cinco anos. Depois, ela lançou os desfiles com manequins usando modelos que calçavam apenas sandálias ou caminhavam descalças.

 

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Madeleine Vionnet

 

 

A estilista salientava que foi ela e não o estilista Paul Poiret a responsável pela abolição do espartilho, mas esta questão é bastante controversa.

Os seus vestidos eram soltos e usados sem espartilhos e inspirados na bailarina Isadora Duncan induzindo as moças a abandonar os espartilhos apresentando os modelos “sob suas próprias peles” e eram confeccionados com a roupa no corpo da modelo, a técnica mais conhecida como moulage.

 

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A bailarina Isadora Duncan

 

As suas criações tinham influencia também das roupas gregas e nos afrescos egípcios porque eram roupas confortáveis, que davam total liberdade aos movimentos com os tecidos fluidos.

 

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Vestidos deusa

 

Depois de testar os seus modelos nas bonecas de madeira de 80 cm e ficar satisfeita com os resultados é que a estilista transferia esses modelos para a escala humana.

 

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O manequim feito de boneca

 

 

Em 1912 Vionnet abriu a sua própria Maison e trabalhava com o crepe da China, cetim, seda, veludo e gabardine.  Ela transformou círculos, retângulos e triângulos em esculturas fluidas utilizando o crepe Romain, o seu tecido preferido.  A paleta de cores que ela mais utilizava era do bege ao terracota, amarelo, vermelho e nunca podia faltar duas cores básicas que eram o preto e o branco.

 

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Vestido Vionnet

Em 1930 a estilista surgiu com a moda dos godês, saias rodadas, frente-únicas e decotes drapeados e botões.

 

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Vestido Vionnet

 

Nomeada como a Rainha do corte enviesado a sua técnica consistia em fazer moldes pequenos e esses moldes eram as roupas drapeadas que não existia até este momento. Comenta-se que ela ao comprar seus tecidos pedia 2 metros a mais do que necessitava os modelos padrões, para colocar em prática os seus drapeados.

 

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Vestido Vionnet

 

Mas o início da primeira guerra se aproximava e ela não demorou para fechar a casa e só conseguiu reabri-la em 1922.

 

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Vestido Vionnet

 

Vionnet não compartilhava com a ideia de Coco Chanel sobre o vestido preto “básico”.  Ela dizia que:

" Quando uma mulher sorri, então, seu vestido deve sorrir também".

Os seus drapeados eram acompanhados de muitas joias e peles e as estrelas de Hollywood começaram a ostentar como a atriz Carole Lombard uma de suas clientes.

 

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Carole Lombard

 

Em 1925 ela abriu uma loja na 5ª. Avenida em Nova Yorque vendendo modelos prontos para vestir e que poderia ser ajustada para a cliente.

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Vestido Vionnet

 

O seu talento impulsionou o seu sucesso com os cortes requintados e o uso de formas consideradas básicas, como o quadrado e o triângulo. A estilista era exímia em costura e com os avanços da modelagem e do drapeado ela fez sucesso.

 

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Vestido Vionnet

As saias e os vestidos compridos eram utilizados de noite, para o dia o comprimento variava entre abaixo do joelho e da barriga da perna. As blusas e casacos deveriam ser justos e de mangas estreitas. O desejo era realçar a figura feminina e o que ela tinha de mais belo.

Os decotes também eram fundos e nas costas não havia limite para o seu tamanho. Usaram-se muito as peles, que compunham o look elegante, assim como os acessórios, turbantes e chapéus.

A maquilhagem passou a ser mais suave e destacava-se a naturalidade a beleza do rosto feminino nos anos 30.

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Vionnet também foi uma grande gestora e ela fazia questão de fornecer aos empregados benefícios como férias remuneradas, licença-maternidade, creche para os filhos dos funcionários, etc.

Em 1939 ela encerrou seus trabalhos, mas fez questão de aconselhar os outros criadores transmitindo experiências e habilidades.

O seu legado foi trabalhar com a criatividade e o comercial, que são fatores importantes valores até hoje. A casa ficou esquecida por muito tempo até o empresário italiano Matteo Marzotto comprar a marca em 2010.

 

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Matteo Marzotto

Na contemporaneidade ela influenciou os estilistas como Azzedine Alaia e Yamamoto.

 

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Vionnet coleção verão 2015

Postado em 21/07/2015 – Rosângela Canassa

quinta-feira, 9 de julho de 2015

JOAN CRAWFORD ESTRELA DOS ANOS 40

 

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Joan Crawford chamava-se Lucille Fay LeSueur e nasceu no Texas em 1905. Ela foi contratada pela MGM e lá ficou por 18 anos e adotou o nome artístico de Joan Crawford e com a chegada do cinema sonoro em Hollywood favoreceu-a mostrando a sua voz poderosa.  

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A atriz era arquirrival de Bette Davis, a quem detestava e ninguém sabe o motivo da inimizade entre as duas atrizes. Certa vez, Bette acusou-a de ir para a cama “com todos os homens da MGM...”. (Menda, 2009, p.34)

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Joan Crawford

Joan casou-se cinco vezes, adotou quatro crianças e foi pivô de pelo menos dois divórcios. Depois, a atriz retirou-se totalmente da vida pública em 1974 e morreu em 1977.

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Joan Crawford no filme Johnny Guitar faroeste de 1954

Figurino de Sheila O'Brien

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Joan Crawford: “Se você quer ser uma estrela, você deve parecer uma estrela...”

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