Bonequinha de Luxo

Bonequinha de Luxo

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

FELIZ NATAL E UM 2016 COM MUITA ALEGRIA E MUITA MODA!


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Moda e cinema anos 30

 

clip_image002

A crise da bolsa de Wall Street em 1929 deu início a uma mudança fundamental no estilo de vida das pessoas nos Estados Unidos. No plano político, após a quebra da bolsa em 1929, em Nova Iorque, a recessão econômica, à ascensão de líderes totalitários: Hitler na Alemanha, Mussolini na Itália, Salazar em Portugal, Franco na Espanha, Stalin na União Soviética e Getúlio Vargas no Brasil, a moda ficou mais austera depois dos anos loucos da década de 20.

No começo da década de 30, a alfaiataria de casacos com cinto e comprimento 3/4 era bastante usado e ao final deste período, um estilo mais casual ffez sucesso na moda masculina.

 

clip_image014

 

Os chapéus masculinos foram ficando mais populares sendo feitos de tecidos macios, como o de feltro como o chapéu do Sr. Walker (Cary Grant) no filme Esposa só no nome (John Cromwell, 1939)

 

clip_image004

Cary Grant

 

Os chapéus para as mulheres também eram acessórios importantes e eram usados deixando a testa à mostra. Elas também começaram a usar turbantes em volta da cabeça, segurando os cabelos.

 

clip_image006

 

A invenção do Nylon em 1938 levou à introdução das roupas de baixo de tricô e as meias ganharam um brilho transparente, que completava a aparência das pernas das mulheres.

 

clip_image008

Invenção do naylon em 1938

 

Nos anos 30, a ilusão de tempos felizes transformou-se numa época cinzenta e triste, que refletiu na moda, com os vestidos na altura dos calcanhares e que substituíram os vestidos alegres das melindrosas.

 

clip_image010

Moda anos 30

 

O cinema tornou-se mais e mais popular e uniu-se a moda. Os estilistas parisienses perceberam a importância da moda e o seu futuro em Hollywood. A primeira estilista a entender deste acontecimento foi Coco Chanel, que assinou um contrato para desenhar os figurinos das estrelas americanas. Esta década introduziu a fotografia de moda ao status atual, mais reconhecidamente como uma forma de arte.

 

clip_image012

A estilista Coco Chanel

 

A influência da indumentária hollywoodiana não se restringiu apenas as mulheres. Os homens também prestavam atenção aos estilos dos grandes astros. Os atores como Cary Grant, Gary Cooper, Ronald Coleman e outros contribuíram para reforçar a tendência da alfaiataria britânica e das roupas de lazer americanas. De sua parte, Fred Astaire ajudava a popularizar os sapatos brogues, os sapatos tipo Oxford de dois tons ou duas cores combinadas. (Mackenzie, 2010, p. 77)

As estrelas Hollywoodianas vestiam roupas de grife como Carole Lombard, Marlene Dietrich, Joan Crawford, Katherine Hepburn, entre outras estrelas deste período.

Os gregos diziam que se maravilhar é o primeiro passo no caminho da sabedoria e que, quando deixamos de nos maravilhar, estamos em perigo de deixar de saber. O cinema nos proporciona o deslumbramento quando ele junta formas, cores, personagens, música e moda.

Postado em 10/12/2015

Rosângela Canassa

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O estilista Adrian Adolph Greenberg vestiu grandes astros do cinema de Hollywood

 

 

gilbert-adrian-greenberg_3-profile

Adrian Adolph Greenberg

 

Adrian Adolph Greenberg (1903-1959) foi um figurinista americano nascido no dia 03 de Março de 1903 em Naugatuck, filhos de imigrantes judeus. Ele se formou em Belas Artes pela New York School for Fine and Applied Arts e começou sua carreira de figurinista em 1922, quando desenhou o figurino para o musical The Music Box Revue de Irving Berlin, vestindo a  atriz Irene Castle.

 

IreneCastle1

Irene Castle – atriz do cinema mudo

 

Em 1924, Adrian foi contratado pelo galã do cinema mudo, Rudolph Valentino e sua esposa para desenhar o figurino do filme Pecador Divino (1924).

 

Postcard_-_Sainted_Devil.351191822_large

Pecado Divino – 1924 – Rodolfo Valentino

 

Em 1928, Adrian se torna o figurinista chefe do diretor Cecil B. DeMille em um estúdio independente  e depois ele foi para os estúdios da Metro Goldwin Mayer e foi contratado pelos estúdios Paramount, trabalhando lá até sua aposentadoria em 1941.

As especialidades de Adrian era criar vestidos glamourosos e no inicio dos filmes aparecia nos créditos: Gowns by Gilbert Adrian. O Gilbert era o nome de seu pai que ele adicionou para criar um nome artístico diferenciado. Ele vestiu as maiores divas do cinema com Joan Crawford, Jean Harlow, Jeanette MacDonald e Greta Gargo.

 

Romance Greta

Romance com Greta Garbo (1930)

 

Após a aposentadoria, Adrian trabalhava por conta própria e continuava desenhando figurinos para o cinema e musicais da Broadway. Ele foi um grande figurinista  e foram  mais de 250  figurinos.  Segundo a crítica o figurino mais famoso foi para o filme O Mágico de Oz (1939) de Adrian.

 

madame-satan2

Madame Satã (1930)

 

 

 

 

 

 

Postado em 25/11/2015 - Rosângela Canassa

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Madeleine Vionnet veste deusas

 

“É preciso vestir o corpo com tecido e não apenas construir um vestido”.

Madeleine Vionnet

clip_image002

Moda Madeleine Vionnet

 

A estilista francesa Madeleine Vionnet (1876-1975) trabalhou com Jacques Doucet em 1907 e ficou nessa conceituada maison por cinco anos. Depois, ela lançou os desfiles com manequins usando modelos que calçavam apenas sandálias ou caminhavam descalças.

 

clip_image003

Madeleine Vionnet

 

 

A estilista salientava que foi ela e não o estilista Paul Poiret a responsável pela abolição do espartilho, mas esta questão é bastante controversa.

Os seus vestidos eram soltos e usados sem espartilhos e inspirados na bailarina Isadora Duncan induzindo as moças a abandonar os espartilhos apresentando os modelos “sob suas próprias peles” e eram confeccionados com a roupa no corpo da modelo, a técnica mais conhecida como moulage.

 

clip_image005

A bailarina Isadora Duncan

 

As suas criações tinham influencia também das roupas gregas e nos afrescos egípcios porque eram roupas confortáveis, que davam total liberdade aos movimentos com os tecidos fluidos.

 

clip_image007clip_image009

Vestidos deusa

 

Depois de testar os seus modelos nas bonecas de madeira de 80 cm e ficar satisfeita com os resultados é que a estilista transferia esses modelos para a escala humana.

 

clip_image011

O manequim feito de boneca

 

 

Em 1912 Vionnet abriu a sua própria Maison e trabalhava com o crepe da China, cetim, seda, veludo e gabardine.  Ela transformou círculos, retângulos e triângulos em esculturas fluidas utilizando o crepe Romain, o seu tecido preferido.  A paleta de cores que ela mais utilizava era do bege ao terracota, amarelo, vermelho e nunca podia faltar duas cores básicas que eram o preto e o branco.

 

clip_image013

Vestido Vionnet

Em 1930 a estilista surgiu com a moda dos godês, saias rodadas, frente-únicas e decotes drapeados e botões.

 

clip_image015clip_image017

Vestido Vionnet

 

Nomeada como a Rainha do corte enviesado a sua técnica consistia em fazer moldes pequenos e esses moldes eram as roupas drapeadas que não existia até este momento. Comenta-se que ela ao comprar seus tecidos pedia 2 metros a mais do que necessitava os modelos padrões, para colocar em prática os seus drapeados.

 

clip_image019

Vestido Vionnet

 

Mas o início da primeira guerra se aproximava e ela não demorou para fechar a casa e só conseguiu reabri-la em 1922.

 

clip_image021

Vestido Vionnet

 

Vionnet não compartilhava com a ideia de Coco Chanel sobre o vestido preto “básico”.  Ela dizia que:

" Quando uma mulher sorri, então, seu vestido deve sorrir também".

Os seus drapeados eram acompanhados de muitas joias e peles e as estrelas de Hollywood começaram a ostentar como a atriz Carole Lombard uma de suas clientes.

 

clip_image022

Carole Lombard

 

Em 1925 ela abriu uma loja na 5ª. Avenida em Nova Yorque vendendo modelos prontos para vestir e que poderia ser ajustada para a cliente.

clip_image024

Vestido Vionnet

 

O seu talento impulsionou o seu sucesso com os cortes requintados e o uso de formas consideradas básicas, como o quadrado e o triângulo. A estilista era exímia em costura e com os avanços da modelagem e do drapeado ela fez sucesso.

 

clip_image026

Vestido Vionnet

As saias e os vestidos compridos eram utilizados de noite, para o dia o comprimento variava entre abaixo do joelho e da barriga da perna. As blusas e casacos deveriam ser justos e de mangas estreitas. O desejo era realçar a figura feminina e o que ela tinha de mais belo.

Os decotes também eram fundos e nas costas não havia limite para o seu tamanho. Usaram-se muito as peles, que compunham o look elegante, assim como os acessórios, turbantes e chapéus.

A maquilhagem passou a ser mais suave e destacava-se a naturalidade a beleza do rosto feminino nos anos 30.

clip_image028

Vionnet também foi uma grande gestora e ela fazia questão de fornecer aos empregados benefícios como férias remuneradas, licença-maternidade, creche para os filhos dos funcionários, etc.

Em 1939 ela encerrou seus trabalhos, mas fez questão de aconselhar os outros criadores transmitindo experiências e habilidades.

O seu legado foi trabalhar com a criatividade e o comercial, que são fatores importantes valores até hoje. A casa ficou esquecida por muito tempo até o empresário italiano Matteo Marzotto comprar a marca em 2010.

 

clip_image029

Matteo Marzotto

Na contemporaneidade ela influenciou os estilistas como Azzedine Alaia e Yamamoto.

 

clip_image031

Vionnet coleção verão 2015

Postado em 21/07/2015 – Rosângela Canassa

quinta-feira, 9 de julho de 2015

JOAN CRAWFORD ESTRELA DOS ANOS 40

 

600full-joan-crawford

 

Joan Crawford chamava-se Lucille Fay LeSueur e nasceu no Texas em 1905. Ela foi contratada pela MGM e lá ficou por 18 anos e adotou o nome artístico de Joan Crawford e com a chegada do cinema sonoro em Hollywood favoreceu-a mostrando a sua voz poderosa.  

clip_image004

 

A atriz era arquirrival de Bette Davis, a quem detestava e ninguém sabe o motivo da inimizade entre as duas atrizes. Certa vez, Bette acusou-a de ir para a cama “com todos os homens da MGM...”. (Menda, 2009, p.34)

clip_image006

Joan Crawford

Joan casou-se cinco vezes, adotou quatro crianças e foi pivô de pelo menos dois divórcios. Depois, a atriz retirou-se totalmente da vida pública em 1974 e morreu em 1977.

clip_image008

Joan Crawford no filme Johnny Guitar faroeste de 1954

Figurino de Sheila O'Brien

johnnyguitar7

 

Joan Crawford: “Se você quer ser uma estrela, você deve parecer uma estrela...”

pintura Crawfor

sábado, 27 de junho de 2015

CHANEL NO. 5 O PERFUME ICÔNICO COM GISELE BÜNDCHEN

 

clip_image002

Per fumum, em latim, quer dizer atrás da fumaça e segundo os arqueólogos, o perfume mais antigo do mundo era produzido na ilha de Chipre, no Mediterrâneo, a milhares de anos antes da era cristã e este aroma forte dedicado a Afrodite, a deusa grega do amor sensual.

 

Sandro-Botticelli-Nascimento de Vênus

 

Em 1930, Coco Chanel conheceu o produtor de H. Sam Goldwyn num restante em Monte Carlo. E a colaboração entre os dois iria inspirar novos rumos ao marketing das fragrâncias e gerar uma fortuna para Coco Chanel e dar ao Chanel no. 5 uma fama ainda maior. O perfume mais famoso do mundo foi o primeiro a ostentar o nome da estilista no frasco, que Chanel desenhou em estilo modernista.

 

clip_image006

 

O número cinco era o número de um tipo de destino essencialmente humano. Ou essa, pelo menos, era a ideia dos monges que fundaram a abadia da infância de Coco Chanel e eles construíram toda a sua estrutura baseada no poder deste número especial. Chanel acreditava profundamente na sua magia e beleza. Aquelas freiras cistercienses haviam ensinado as suas pupilas órfãs a reverenciar o poder dos símbolos e do espírito, o número da quintessência: a personificação pura e perfeita da essência de uma coisa. Quando Gabrielle saiu do convento deixou para trás a sua religião, mas jamais abandonou a sua crença no misticismo oculto dos números. Durante a 1ª. Guerra os soldados faziam filas em frente da loja da estilista para comprar perfumes para suas namoradas e foi por causa desses soldados que os perfumes franceses se tornaram alguns dos empreendedores mais ricos do mundo.

Marilyn Monroe, Catherine Deneuve, Carole Bouquet, Nicole Kidman, Audrey Tautou foram as atrizes eleitas para representar a imagem forte do perfume, que atravessa décadas e continua famoso.

 

Chanel e Deneuve

 

 

O perfume que parece eterno agora tem nova personagem, a modelo Gisele Bündchen encarna a marca como a mulher Chanel No. 5.

 

clip_image008

 

A figurinista Catherine Martin ao lado do estilista Karl Lagerfeld confeccionram o maiô personalizado com o número 5 estampado nas contas para Gisele.

 

clip_image010

 

 

 

Postado em 27/6/2015  Rosângela Canassa

segunda-feira, 15 de junho de 2015

A ATRIZ LAUREN BACALL E A ERA DE OURO DO CINEMA DE HOLLYWOOD: ILUSÃO E FANTASIA

 

CAPA Bacall

A atriz Lauren Bacall

 

 

A atriz Lauren Bacall é um ícone do cinema de Hollywood dos anos 40 por sua beleza talento. Bacall era elegante, magra e a sua marca registrada era o batom vermelho, as sobrancelhas arqueadas e os olhos verdes com cílios postiços.

Ela iniciou a carreira como modelo e teve uma chance quando surgiu na capa da Harper´s Bazaar. Depois disso, ela foi chamada para trabalhar em Hollywood com o diretor Howard Hawks.

 

1425482580-bacallstyle-3-web

 

O seu nome era Betty Joan Perske e reza a lenda que depois ela mudou de nome e também mudou de voz, que era estridente e passou a ter um tom mais rouco, para se tornar uma das atrizes do cinema na época de ouro de Hollywood.

O seu primeiro filme foi Uma Aventura na Martinica de 1944, quando conheceu seu marido, Humphrey Bogart. Depois no filme À Beira do Abismo (Howard Hawks, 1946), Bacall surpreende o espectador ao interpretar a personagem rica e sofisticada: Vivien e ela cria o tipo de mulher picante e séria.

 

2014741800325-1946abismo1jpg20140813jpg

Filme À Beira do Abismo - 1946

 

O filme foi baseado no romance de Raymond Chandler e que foi transformado num suspense noir, com muitos assassinatos e traições. Humphrey Bogart que interpreta o detetive particular Philip Marlowe, que é contratado para ficar de olho na filha caçula de general aposentado Sternwood (Charles Waldron) se apaixona por Vivien e ambos tentam descobrir o chantagista que incomoda a família.

Os diretores escalavam Bacall que fazia contraponto a Bogart: ceticismo irônico e sensualidade ao fumar. (Castro, 2002, p. 223)

 

Lauren-Bacall- -To-Have-and-Have-Not-8

Lauren Bacall

 

Através dos cosméticos, do penteado e do seu figurino a atriz aparentava uma nova configuração de glamour, roupas e mistério.

 

150814-lauren-bacall-a-beira-do-abismo-2

Figurino dos anos 40 barriga de fora e ombros estruturados

 

Nesta época, o cinema se torna referência para os novos costumes e expressos nos gestos das estrelas que surgiam nos vestidos de noite, com as costas e imensos decotes. (Nazareth, 2007, p. 60)

 

Bacall, Bogart e Marilyn

Bacall, Bogart e Monroe

 

As estrelas Hollywoodianas vestiam roupas de grife como Lauren Bacall e outras como Marilyn Monroe.

A era de ouro é o período que engloba os anos de 1930 a 1940 em Hollywood e os americanos encontram no cinema uma forma de se reafirmar, seja pelo drama, pela comédia de costumes, seja pelos faroestes ou filmes de gansgsters. Hollywood se torna a fábrica de sonhos e traz a um público de massa, sua dose de ilusão e fantasia.

 

A exposição  de Lauren Bacall em N. I.

 

O estilo de moda de Lauren Bacall este em exposição recentemente em Nova Iorque.

O estilo de se vestir de Bacall esteve recentemente numa exposição no museu de Nova Yorque

 

dior-59

Moda Dior - 1959

 

givenchy-19601

Moda Givenchy -  1960

 

cardin-1968-fit

Moda Pierre Cardin - 1968

 

A atriz  ganhou vários prêmios como o de conjunto da obra em 2010. Lauren Bacall faleceu de derrame cerebral em seu apartamento no dia 12/08/2014, em Nova Iorque. Lembra aquele trecho da canção “Vogue”, de Madonna, em que a cantora fala sobre ícones da moda de Hollywood.

 

Data da postagem: 15/06/2015 – Rosângela Canassa