A palavra moda vem do latim e significa modus. É a tendência da atualidade para o consumo e composta de vários estilos, sendo uma forma passageira e facilmente mutável.
A moda surgiu no final da Idade Média e passou por várias transformações, seguidas de mudanças físicas, sociais e culturais, ao longo do tempo.
O fenômeno da moda pode ser considerado como um reflexo de uma sociedade, como uma linguagem não verbal, mas que comunica o tempo todo.
A moda é uma comunicação não-verbal
Os 5 (cinco) elementos principais escolhidos pelos estilistas são: cor, silhueta, caimento, textura e harmonia. O estilismo está relacionado ao design da roupa.
A INVENÇÃO DA CRINOLINA
Débora Kerr (filme o Rei e Eu – 1956) - Designer Irene Sharaff
Com o advento da crinolina, no século XIX, a moda passou a ser considerada um fenômeno universal. Até então, cada povo convivia com as suas diversidades relacionadas ao vestuário e numa mesma época.
Ainda hoje, a burka é amplamente usada pelas mulheres muçulmanas, mas neste estudo considerei apenas a cultura ocidental.
A INVENÇÃO DA MÁQUINA DE COSTURA
Da perspectiva do vestuário houve também uma sensível democratização inicial, pela invenção da máquina de costura, em 1860.
Neste contexto de transformações, muitas vezes o traje foi objeto de reflexão e transformou-se em meio de expressão e suporte para criação, de que os artistas apropriaram-se sob as mais variadas perspectivas durante o Modernismo.
Sarah Benhardt por Andy Warhol
A INVENÇÃO DA FOTOGRAFIA
Segundo Cacilda Teixeira da Costa em sua obra A Roupa de Artista – o vestuário na obra de arte, a fotografia inventada em 1830, foi um fator decisivo na transformação das artes visuais, como tão bem observa Walter Benjamim.
O francês Louis Daguerre inventou a primeira máquina de produzir fotos e sua difusão resultou, entre outras coisas, na liberação de algumas das atribuições da pintura, como a de retratar a imagem de governantes, políticos e poderosos (em que os trajes têm grande importância), o que passou a ser feito pelas reproduções veiculadas em revistas e jornais.
Nesse prisma, a invenção da fotografia pode ser vista como a descoberta de um instrumento que, além de constituir um meio de arte em si, veio modificar o trabalho dos artistas, livrando-os de parte de suas atribuições e permitindo-lhes focar em dimensões do trabalho artístico nas quais a câmera não os poderia substituir. (Costa, 2009, p. 36)
Costa acrescenta também que, a fotografia surgiu nos contextos de outras invenções importantes como os processos de reprodutibilidade e a mecanização da indústria que tornou possível a invenção do cinema.
Viagem à lua – 1902 – George Méliès
No final do século XIX, a difusão das imagens veiculadas por processos afetaram diretamente a estrutura organizacional econômica, política, cultural e da sociedade.
Assim foi possível o surgimento dos meios de comunicação de massa, concretizados na imprensa e no cinema.
A MODA NO SÉCULO XX
Cena do filme “O discurso do rei” (2010)
A consolidação da Revolução Industrial possibilitou a produção em larga escala e ficou mais barato se vestir, à partir das lojas de departamento. Nesta perspectiva, o indivíduo adotou o modelo europeu como vestimenta, em todas as camadas sociais, apenas adaptando-se ao clima e a sua crença religiosa.
A MODA NO MODERNISMO
Cartaz La Revue Blanche - Revista símbolo da intelectualidade francesa no período do Modernismo
O termo Modernismo abrange uma série de movimentos do início do século XX, unidos em torno da rejeição ao historicismo.
Os modernistas abraçaram o progresso e buscaram aprimorar a experiência humana por meio da ruptura com os valores passados.
Importante canal de expressão desse pensamento, a moda acolheu de vez os princípios do Modernismo após o fim da Primeira Guerra Mundial. (Mackenzie, 2010, p. 74)
OS CRIADORES DA MODA
Charles Frederick Worth – pai da alta costura
O que era feito por costureiras que visitavam os seus clientes em suas casas, especialmente na França eram conhecidas como marchandes de modes (fornecedores de materiais em francês).
O primeiro estilista foi o inglês Charles Frederick Worth (1825-1895), que elevou a atividade da confecção do vestuário para o patamar de artista.
Modelo de Worth para a esposa de Napoleão
A esposa de Napoleão, a Imperatriz Eugênia encomendou-lhe alguns vestidos e tornou-se sua cliente. Nos bailes imperais nenhum vestido poderia ser repetido e Worth tornou-se uma celebridade.
Seguiu-se Paul Poiret (1879-1944), influenciado pelo Art Nouveau de Viena, fundado por Gustav Klimt.
O estilista francês Paul Poiret
Poiret havia chocado a capital parisiense naquele verão com o lançamento dos seus novos perfumes, tornando-o o primeiro costureiro da história a ter um aroma com a sua assinatura. (Mazzeo, 2011, p. 42)
Figurino de Paul Poiret da belle époque
AS MULHERES LIVRES DOS ESPARTILHOS
A tortura de usar um espartilho
À partir de 1914, com a urbanização as mulheres queriam roupas mais confortáveis e o estilista francês Paul Poiret livrou-as do espartilho.
O estudo do espartilho encontra-se neste blog no artigo sobre o filme “Maria Antonieta”.
(O TEXTO SOBRE MODA CONTINUA COM A ERA CHANEL)
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