Análise do filme:
COCO CHANEL & STRAVINSY: UM ROMANCE SECRETO
O filme COCO CHANEL & STRAVINSY conta a história do breve romance entre a estilista francesa Coco Chanel (1883-1971) e o compositor russo Igor Fyodorovichi Stravinsky (1882-1971).
Coco Chanel (Anna Mouglalis)
A atriz Anna Mouglalis interpreta a estilista Coco Chanel e seus acessórios inseparáveis: colares de pérolas, casaquinho masculino e cigarro.
Mads Mikkelsen interpreta o compositor Stravinsky
O compositor fugiu para a França para se estabelecer posteriormente nos EUA, em 1940. (Riding, 2006, p. 328)
Stravinsky teve enorme influência na música moderna. Ele passou a maior parte da sua vida na França e nos EUA. Filho de cantor de ópera, estudou com Korsakov e em pouco tempo já compunha para os Ballets Russes de Diaghilev.
O compositor Igor F. Stravinsky
As obras O pássaro de fogo e A sagração da primavera chocaram com seus ritmos frenéticos e o vívido colorido orquestral.
A obra “A Sagração da Primavera”, de Stravinsky
Enquanto esteve na França, o compositor russo trabalhava na apresentação de uma de suas obras-primas: A sagração de primavera e trabalhava com Serguei Diaghilev.
Serguei Diaghilev
Coco Chanel durante uma festa em Paris, na década de 20, ela é apresentada ao compositor, recém chegado na cidade, como exilado da nova União Soviética.
Em 1920 eles se conhecem em Paris
Nesta ocasião, Coco convida Stravinsky, juntamente com sua esposa e filhos a passarem uma temporada em sua casa de campo. E lá eles passam a ter um caso de amor secreto.
Stravinsky e Coco, o idílio amoroso
O romance entre Coco e Igor estava dando certo, até o momento em que Coco pede que o amante abandone a esposa e fique somente com ela.
As roupas começaram a ficar mais curtas e ganharam franjas, na década de 20
O romance entre Coco e Stravinsky termina sem muito trauma, o compositor prefere ficar com a esposa e os filhos e deixa a estilista.
A atriz Anna Mouglalis
UM REENCONTRO INESPERADO COM STRAVINSKY
Coco, Stravinsky e amigos em 1928
Em 1928, Chanel reencontra seu admirador da época, Stravinsky, que ela acolheu em sua chegada à França. Os anos transcorridos mostraram um desinteresse de Stravinsky para o balé, para o qual praticamente nada compôs desde 1920.
Mas, em Apollon misagète (Apolo condutor das musas) renasce finalmente sua fértil colaboração com Diaghilev. A obra foi composta durante os anos de 1927/28, com figurino de Coco Chanel.
Escrito para cordas, esse balé marca o retorno de Stravinsky ao classicismo e o balé ficou célebre.
Apollon misagète
Stravinsky gostava muito de Chanel e conservou este sentimento durante toda a sua vida, como uma relíquia, um ícone.
Quanto à Chanel ela prosseguiu com a sua carreira com a moda e o perfume Chanel no. 5. A estilista esboçou o perfil da nova mulher sofisticada e moderna, do início do século XX e deixou sua marca na moda, por toda a eternidade.
Ficha técnica do filme:
Título do filme: Chanel Coco & Igor Stravinsky
Direção: Jan Kounen
Paises: França/Japão/Suíça
Gênero: drama
Tempo de duração: 119 minutos
Ano: 2009
Elenco: Anna Mouglalis (Coco) e Mads Mikkelsen (Igor)
Referência bibliográfica:
1- BAUDOT Baudot, François. Moda do século. São Paulo: Cosac Naify, 2008.
2- CATÁLOGO da exposição FILME FASHION, no período de 27/5 a 15/7/2003 – Centro Cultural do Banco do Brasil.
3- CHARLES-ROUX, Edmonde. A era Chanel. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
4- COSTA, Cacilda Teixeira da. Roupa de artista: o vestuário na obra de arte. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial, 2009.
5- ECO, Umberto. História da beleza. São Paulo: Ed. Record, 2010.
6- FAUX, Dorothy Schefer. Beleza do século. São Paulo: Cosac Naify, 2000.
7- MACKENZIE, Mairi. Ismos: para entender a moda. São Paulo: Globo, 2010.
8- MAZZEO, Tilar J. O segredo do Chanel no. 5: a história íntima do perfume mais famoso do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
9- OLIVEIRA JUNIOR, Luiz Carlos. Jean Renoir: a regra do jogo. São Paulo: Moderna, 2011, (Coleção Folha cine europeu)
10- RIDING, Alan. Guia Ilustrado Zahar: ópera. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010.
Imagens/livro:
CHARLES-ROUX, Edmonde. A era Chanel. São Paulo: Cosac Naify, 2007
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